Você sabia que as encadernações de livros da era vitoriana podem conter pigmentos tóxicos? O Poison Book Project, uma pesquisa interdisciplinar do Winterthur Museum, Garden & Library e da Universidade de Delaware, está investigando exatamente isso. O projeto busca identificar os pigmentos potencialmente perigosos utilizados nas encadernações de livros antigos e desenvolver métodos mais seguros para o manuseio e armazenamento dessas coleções históricas.
A iniciativa teve origem por "acidente" depois que a professora Melissa Tedone, chefe do laboratório de conservação da biblioteca do museu Winterthur que é associado à universidade, começou a reparar um livro em 2019 para uma exposição sobre antiquários vitorianos. O volume era "Rustic Adornments for Homes of Taste", um exemplar sobre decoração de capa verde vibrante que tinha se soltado.
Como o primeiro livro em que o arsênico foi detectado por Melissa Tedone tinha sido publicado em larga escala, a professora imaginou que ele não poderia ter sido o único de sua época a estar potencialmente envenenado. Assim, elas decidiram iniciar uma busca pelos volumes que ainda existem, começando pela própria biblioteca do museu ligado à universidade — o que deu origem ao Poison Book Project.
O arsênico, que é o mais tóxico de todos os metais, foi encontrado em 300 livros até então — e em quantidades bem mais assustadoras que os outros "colegas". A Organização Mundial de Saúde (OMS) associa a exposição de longo prazo ao arsênico, especialmente por meio de comida ou água contaminada, a lesões na pele e potencialmente câncer de pele.
Para obter as informações mais recentes sobre o projeto, acompanhe este site, que é atualizado regularmente. As atualizações do projeto também são compartilhadas no Instagram e no LinkedIn com as hashtags #poisonbookproject e #bibliotoxicology.
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