E na reserva técnica...
Os recipientes usados para armazenamento vêm em uma variedade de formas, tamanhos e materiais. Sacos transparentes de polietileno são muito comuns para armazenamento de artefatos individuais. Madeira e papelão são fáceis de encontrar e econômicos, mas não são ideais para armazenamento de longo prazo. Lembre-se da Portaria n° 196, de 18 de maio de 2016 – IPHAN e dos materiais que são sugeridos para a guarda de acervo.
Recipientes maiores devem ser resistentes, empilháveis e idealmente seláveis. Caixas transparentes e seláveis de polipropileno são muito úteis. Se possível, compre um pequeno número para os materiais sensíveis e frágeis, como vidro, marfim e metais.
Insira no orçamento materiais como mantas e espuma de polietileno inerte para a elaboração de embalagens para materiais mais sensíveis. Objetos extraordinariamente grandes ou complexos podem exigir recipientes personalizados. Esqueletos humanos devem ser armazenados individualmente em caixas de materiais neutros. Material para análise, como solo e amostras de flutuação, carvão e restos de fauna, devem ser armazenado de acordo com as instruções do especialista.
Prateleiras, armários ou gavetas resistentes devem ser usados evitar o empilhamento de grandes quantidades de contêineres e facilitar o acesso. Prateleiras abertas de metal são comumente usadas, às vezes acolchoadas com espuma de polietileno. Artefatos colocados em prateleiras abertas podem ser cobertos com polietileno ou outra cobertura para protegê-los da poeira, onipresente em qualquer reserva técnica.
Para a segurança dos objetos e da equipe que irá manipular os materiais, objetos pesados e sensíveis ao calor, incluindo aqueles restaurados com adesivos termoplásticos, devem ser mantidos em prateleiras inferiores. As prateleiras devem ser aparafusadas às paredes ou pisos, especialmente em áreas sujeitas a atividade sísmica.
Ao escolher recipientes de armazenamento, prateleiras e outras estruturas, esteja ciente de possíveis danos causados por materiais não-inertes como madeiras e tintas, materiais não arquivísticos, cloreto de polivinila (PVC), poliestireno, jornais e outros materiais que irão degradar ao longo do tempo e liberar gases nocivos.
As embalagens devem ser também bem marcadas para que seja possível encontrar facilmente objetos sem abrir desnecessariamente recipientes e manusear o conteúdo.
Um objeto pode adquirir muitos números durante sua jornada do campo até sua caixa de armazenamento final.
O conservador responsável pelo armazenamento deve coordenar com o documentalista do museu para garantir que as informações de identificação mais úteis sejam incluídas no rótulo da embalagem de armazenamento.
As informações devem ser cuidadosamente escritas com marcadores que não desbotam e que não se deterioram com o tempo. A marcação deve ser simples, consistente e escrito com letra clara e legível.
Uma reserva técnica deve ser sempre mantida limpa e organizada. Isso mostra que os artefatos são sendo cuidado de forma apropriada e podem ser facilmente recuperados pela equipe do museu.
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Tradução livre e adaptação: On-site Storage of Excavated Materials. Hiroko Kariya and Claire Peachey. Field Notes Practical Guides for Archaological Conservation and Site Preservation Number 9.
Imagens: Florida Museum - University of Georgia
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